Centolla no Mercado Central de Santiago

Desde a primeira vez que o Gabriel foi ao mercado central em Santiago ele queria experimentar o tal Caranguejo Rei e eu sempre me recusei 😉

Semana passada estavam em Santiago nossos primos: Rachel e o Gabriel, recém casados, em Lua de Mel. Tivemos o prazer de jantar com eles e foi nesse jantar que os Gabriel(s) marcaram de ir um dia ao Mercado Central comer o tal bicho.

A Centolla custa aproxima CH$ 60.000 inteira e é acompanhada de 3 guarnições e muito Pisco Sour. É possível comprar uma porção por CH$ 12.000.

O garçom abriu um sorriso imenso quando optamos pelo bicho inteiro e imadiatamento começou a trazer pisco sour.

Alguns minutos depois ele apareceu com duas Centollas enormes congeladas para escolhermos. Optamos pela maior, claro.

Uns 20 minutos depois chega o tal prato pronto:

Felizmente, faz parte do “prato” o procedimento cirúrgico operado pelo garçom que, com o auxílio de uma tesoura, corta a dura casca do bicho para encontrar a carne.

A carne da centolla é gostosa mas não é algo incrivelmente saboroso. Ainda prefiro um camarão mas, vale a experiência. Para mim, esse é um daqueles prato que você vai gostar de dizer para os seus netos que comeu.

Além disso, o prato é tão exótico que o mercado praticamento parou quando o garçom começou a serví-lo. Todo mundo quer dar uma olhada mais de perto. Escolhemos comer o prato no restaurante La Joya del Pacífico, que eu recomendo. Assim como recomendo o garçom Vitinho, que foi  muito divertido e nos atendeu super bem.

Todas as fotos que tiramos estão aqui: http://picasaweb.google.com/narwen/ChileRachelGabriel#

Rachel e Gabriel, o passeio não teria sido tão divertido sem vocês. Obrigada por encontrar um tempo na Lua de Mel para nos encontrar, adoramos. Quer dizer, amamos. Nossa casa terá sempre as portas abertas para vocês. Voltem logo

Visto de trabalho no Chile – sobre AFP e Isapre

Estou no Chile há 2 meses, tenho um visto de trabalho mediante a contrato.

Isso basicamente significa que meu visto está vinculado ao meu contrato. Se o contrato é quebrado, o visto é cancelado. Bem, vou falar sobre visto e todo o trâmite que eu tive que fazer para conseguir em outro post.

Depois de ter o visto, chegar no Chile, fazer todos os trâmites junto à PDI – Policía de Investigaciones de Chile, conseguir seu RUT, é hora de iniciar os trâmites na empresa.

Assim como no Brasil, as empresas no Chile tem contabilidades para cuidar de assuntos legais. A contadora da empresa em que eu trabalho me procurou para assinar o novo contrato de trabalho, que só difere do original que eu apresentei para conseguir o visto pois menciona a data em que eu comecei a trabalhar e o meu RUT ID, que é o RG Chileno.

Com o novo contrato em mãos, ela me pediu para me dirigir à uma sucursal da AFP Habitat para fazer minha inscrição. Pelo que entendi a AFP é quem recebe e controla aquela graninha que a empresa é obrigada a pagar para o governo para nos garantir a uma terceira idade “feliz”.

Eu sinceramente nunca entendi direito como isso funciona no Brasil mas no Chile eu sei como funciona na prática. Quando eu for embora do Chile eu resgato essa grana e coloco na “cueca do Gabriel” para não ter que pagar 30% de imposto quando entrar no Brasil com ela. 😉

Quando eu fui na AFP Habitat sucursal Providencia o senhor do Centro de Atencion me disse que eu teria que ir à AFP Modelo pois as inscrições são feitas por lá.

Só que, chegando lá eu descobri que não podia fazer minha inscrição pois meu contrato tinha data anterior à 1 de Julho de 2010. Ou seja, voltei à AFP Providencia e o trâmite tinha que ser feito por lá mesmo.

Dica: Se a contabilidade te manda ir à AFP, liguei lá e confirme que você tem todos os documentos necessários e as datas são válidas para a unidade que você está procurando. Eu precisei do contrato de trabalho, passaporte, RUT e comprovante de pagamento do salário.

Agora, tem outra coisa que a contabilidade pode não te explicar, o tal Isapre. Esse aí é outra graninha que a empresa paga todo mês pela sua saúde. No Chile isso é obrigatório  e é um percentual do seu salário.

O que acontece é, a grana vai pro governo, o que te permite usar hospitais públicos. Se você quer um particular, o que me parece recomendável, você escolhe um plano de saúde, fecha o contrato e avisa a contabilidade. Aí, aquela graninha que ia pro governo vai para o plano de saúde. Se o plano é mais caro do que a grana que a empresa paga, a empresa desconta do seu salário, se é inferior eu não faço a mínima idéia 😉

Bem, essa semana eu vou atrás do meu Isapre (plano de saúde) e posto aqui o que encontrei e minhas considerações.

Espero ajudar algumas pessoas com essas dicas, é BEM difícil conseguir algumas informações por aqui. Isso tudo é um grande quebra-cabeça que eu estou montando sozinha.

beijos

Fazendo trekking no Chile

Ontem o Gabriel e eu fomos com alguns amigos ao “Parque Nacional La Campana” fazer trilha.

Esse é um parque situado na Região de Valparaíso (Región V) no Chile. Levamos umas 2 horas para chegar por lá mas valeu a pena.

Quando saímos de Santiago, às 8:45 da manhã o dia estava quente e ensolarado. Quando começamos a subir a serra para o parque a névoa no topo era densa e assustadora. Principalmente depois que um dos nossos amigos disse que a temperatura lá estaria uns 10ºC menos do que estávamos sentindo enquanto subíamos.

O parque é enorme e tem duas entradas: Granizo e Cajón Grande.  Fomos por Granizo.

Para entrar no parque cada pessoa, incluindo crianças pagam CH$ 1.500. Estávamos em 6 pessoas e 1 cachorro. O cachorro não podia entrar no parque o que acabou resultando em 3 pessoas e mais o cachorro desistindo da caminhada.

Subiram a montanha Nathan, Gabriel e eu.

Estacionamos o carro dentro do parque, escolhemos a nossa trilha ‘Sendero los Peumos-Portezuelo Ocoa’ de 5.5km e começamos a caminhada. A estimativa de subida é de 3 horas mas fizemos em 2:20 horas com algumas paradas para água, fotos e lanche.

O início das trilhas são bem demarcadas e é uma ótima opção para passear com crianças. Por lá existem diversos pontos para acampamentos e picnic.

Quando chegamos ao topo a névoa continuava por lá, decidimos ficar lá por aproximadamente 1 hora. Por sorte, depois de 20 minutos a névoa se foi e conseguimos ver um incrível vale e uma cadeia gigante de montanhas por todos os lados e alguns lagartos.

Completamos a descida em 1:30 horas, vimos muitas aranhas enormes no caminho e pegamos o caminho de volta para Santiago exaustos. Nathan parou para comprarmos “Pan Amasados”. Esse é um pão muito parecido com os pães caseiros que toda família do interior de São Paulo e Minas Gerais sabe fazer. Estava quentinho e devoramos o pão no caminho.

Chegamos em casa exaustos, com fome, implorando por um banho mas valeu a pena cada segundo.

Algumas das fotos podem ser vistas aqui: http://picasaweb.google.com/narwen/ChileLaCampana#



Despachando a bicicleta

Olá pessoal,

Agora estou eu, Gabriel, morando em definitivo aqui no Chile. Embarquei com destino à Santiago no domingo às 19h30. O voo era pra sair uma hora antes mas atrasou um pouquinho. O comandande dizia que o motivo do atraso era por causa das bagagens…

Nessa viagem despachamos a bicicleta da Thais pela TAM. O limite de peso da bagagem a ser dispachada é de 23kg e a bike pesava 18,5kg, então não pagamos excesso de peso. No site da TAM eles avisam que a bicicleta tem que estar com o guidão e pedais em paralelo com o quadro, para não ocupar muito espaço. Outra coisa que você tem que fazer é esvaziar os pneus pois se eles estiverem cheios eles podem estourar já que a bike fica num lugar despressurizado do avião. Quando despachamos a bike, tive que assinar um termo dizendo que a TAM não se responsabiliza por qualquer dano ou extravio da bicicleta, palhaçada né!!!!

Mas deu tudo certo e não tivemos problemas.

Agora só falta eu comprar a minha bicicleta. A tão famosa bicicleta dobrável que espero há uns 3 anos ehehe … Finalmente chegou a hora!!!!

Euzinha no Brasil

Essa é para a família e amigos que ficam me perguntando quando eu chego no Brasil.

Sexta-feira, 17 de setembro de 2010 às 11:50 horas da manhã meu voo chega no Brasil. Yupiiiiii!

Domingo, 26 de setembro de 2010 meu voo de volta para Santiago, Chile deixa a cidade de São Paulo.

Serão 9 dias muito, muito felizes para mim. Depois de 5 semanas completamente sozinha em Santiago, rever todos vocês terá um gosto especial.

Amo vocês. (toda emo).

Casa & Ideas – Uma boa opção para o lar

Quem me conhece sabe que eu sou tão boa dona-de-casa como sou boa pilotando avião. Ou seja, um nada.

O fato é que eu odeio cozinhar, lavar louça, roupas, ir ao supermecado e tudo mais relacionado ao tópico “manter uma casa em ordem”.

Na lista das coisas que eu adoraria pagar para alguém fazer por mim está também comprar utensílios para casa: aquele lance todo de cama, mesa e banho, sabe?

Quando eu sai da casa da minha mãe há 2 anos e meio atrás, o tempo voa. Fui morar um flat no Itaim Bibi – São Paulo – Brazil. O flat tinha quase tudo o que eu e o Gabriel precisávamos mas eu não queria usar aqueles pratos, copos e talheres que estavam lá.

Fui até a Camicado com a minha mãe e o biel e compramos algumas coisas, tudo do mais BBB – bom, bonito e barato. Pratos, copos, xícaras e alguns refratários. Lençóis e toalhas nós compramos em uma loja no Shopping Eldorado. Esse aí eu não comprei do mais barato não 😉

Agora, morando em Santiago, eu aluguei um apartamento mobiliado. O apartamento tem tudo, tudo mesmo. Mas depois de 2 meses eu comecei a sentir falta de algumas coisas para usar no dia-a-dia como porta-trecos para a sala, fruteira na cozinha, espremedor manual de laranja, jogo americano para a mesa.

Eu queria também trocar aquela cortina de plástico nojenta da banheira, um porta-treco para o banheiro, um tapete novo para o banheiro, toalhas de mão mais coloridinhas para tirar esse tom escuro do apartamento, umas velas aromáticas para dar uma refrescada no ar e alguns outras coisinhas.

No Brasil eu correria para uma loja de 1 Real. Em algumas é possível encontrar quase tudo isso com um preço super barato. Mas, e no Chile?

Casa & Ideas foi a solução. É fato, nada lá vale 1 Real mas na casa de 1 Real também não. 🙂

Essa loja tem muita coisa útil para o dia-a-dia bem como muito objeto de decoração bonitinho e barato. Vale a pena dar uma passeada por lá.

Fora isso, eles tem muita coisa para bebês e crianças por preços bem mais acessíveis que no Brasil.

Brasileiro irritado ou chileno folgado?

Depois de 2 meses morando no Chile, eu tenho uma péssima experiência com atendimento em restaurantes de Santiago.

Como sou uma péssima cozinheira, eu costumo tomar café da manhã, almoçar e jantar em restaurantes. De todos os lugares que fui até agora em Santiago, 80% deles pecam no atendimento, leia: garçom.

Meu pai sempre me disse que Sāo Paulo era um dos melhores lugares do mundo quando o assunto é alimentação. E hoje eu penso que de certa forma ele está certo.

Dito isso, talvez a minna impressão sobre o atendimento em Santiago é negativamente influenciada pelo nível  “acima da média” do atendimento em bares e restaurantes em São Paulo. E olhe, eu já encontrei muito lugar com serviço péssimo por lá.
Elaborando um pouco…

Chileno é no geral calmo. Aparentemente demora muito para se irritar, o que me leva concluir que eles não reclamam muito. O que é ótimo em um certo ponto mas, se ninguém reclama, não tem o que melhorar e o serviço continual uma porcaria.

O que mais acontece aqui  é o garçom te esquecer. Ele traz sua comida e,… some.

Se você decide pedir mais alguma coisa, já era. Eu já fiquei sem bebida mais de uma vez por decidir pedir depois que a comida chegou. Conselho: peça tudo de uma vez.
Se você está com pouco tempo então, tem que ser mais radical, já pede a conta quando a comida chegar e, tenha o dinheiro ou cartão na mão quando ele trouxer a conta. Do contrário,  você corre o risco de pagar a conta apenas 20 minutos depois que é quando ele decide olhar para a sua mesa novamente.

Outra coisa frustrante é quando você quer mudar alguma coisa no prato. Em São Paulo era comum o garçom perguntar: “A Coca-Cola é com gelo e limão?”. Não importa sua resposta e ele te traz com gelo e limão. Mas aqui é pior, o cara não quer mudar o “padrão”. Parece que o cardápio foi escrito na pedra e, se ele mudar Deus vai castigar.

Por exemplo, eu adoro tomar café da manhā no Bravíssimo, lembra dele? Eles tem uma opção de café com leite + waffle com cobertura de doce de leite e chocolate incrível. Só que, eles colocam cobertura demais e eu acabo não comendo então, eu decidi pedir um desses com cobertura separada e só de doce de leite. O garçom, um senhor muito mal humorado me disse:”Não dá”. Aí eu pedi sem cobertura e ele disse: “Não dá”. Eu respirei bem fundo, contei até 10 e educamente disse: “Senhor, a cobertura que vem é  demais para mim, é desperdício. Veja se é possível trazer separado, se não for, eu não quero nada.”

Como eu vou lá com uma certa frequência ele acabou dizendo que ia tentar.
Analise comigo, eu não pedi para ele fazer algo ilegal. Eu pedi para ele me servir “menos” cobertura pelo mesmo preço do cardápio.

E o pior isso acontece toda hora por aqui.  Muitos estrangeiros que eu conheço reclamam da mesma coisa. Se você pede para mudar algo, eles se recusam. Eu não sei se e porque eu sou estrangeira ou se os chilenos em geral se conformam em consumir exatamente o que está no cardápio. O mais incrível é que alguns que ficam tão contrariados que parece que eu estou xingando a mãe deles.

Vale uma nota, eu não falo espanhol, eu tento. Aí, quando eu não entendo o  cardápio, alguns garçons também ficam muito bravos. Espere aí, até no Brasil algumas vezes eu não entendo eu não entendo o que o nome do prato que dizer. Qual o problema?

Aconteceu algumas semanas atrás, eu sempre almoço em um restaurante perto do escritório e e uma coisa difícil de entender é o tal menu ejecutivo. São uns nomes estranhos sem explicação nenhuma. Então, eu costumo perguntar para o garçom o que é o que. Nesse dia, quando eu comecei  a perguntar para a garçonete a menina ficou com cara de retardada surda olhando para mim. Depois, ela ousou

me apressar para eu decidir o que eu queria. Eu olhei para ela e disse :”eu quero ser atendida por outro garçom”. Ela  me olhou espantada e perguntou ” O que?” e eu repeti: “Eu quero ser atendida por outro garçom, você é muito mal educada e não consegue me ajudar. Por favor, chame outro garçom”. Ela ficou ali parada como uma estátua e eu mesma chamei outro garçom.  Depois desse dia ela já me atendeu algumas vezes, me explica o cardápio e até bate papo comigo.

Sexta-feira eu estate falando para o Eduardo, um chileno que trabalha comigosobre a minha percepção do atendimento em restaurantes em Santiago. Ele me disse que não percebia esse tipo de coisa, talvez estivesse acostumado. Bem, depois dessa conversa fomos tomar um café. Após me deixar esperando uns 5 minutos o garçom me perguntou o que eu queria e me trouxe um café com leite. Detalhe, eu tinha pedido um cafe, só isso.

Neste momento o Edu virou para mim e disse ” Você está certa, algumas vezes  o serviço aqui é péssimo e eu nem percebo.”

Aí eu te pergunto: Brasileiro estressado ou Chileno acostumado?

A relação chileno x sorvete

Depois de passar meu primeiro inverno no Chile eu percebi quanto o chileno adora sorvete.

No caminho entre minha casa e a estação de metrô tem uma Gelateria Bravíssimo. Não conheço todas as lojas dessa franquia mas essa em especial tem uma grande quantidade de sorvetes , bolos e tortas geladas.

Mesmo nos dias mais frios de Julho, com temperaturas próxima de 0ºC sempre tinha uma pessoa ou outra comprando sorvete. Durante o fim de semana então, eu ficava inconformada uma pequena multidão na loja.

Agora, com os dias mais quentes, aproximadamente 10ºC,  é absurdo o número de pessoas que às 18horas espera na fila para comprar o sorvetinho.

Eu ainda não experimentei, mesmo com o tempo ‘mais quente’ meu corpo ainda não está pronto para tomar sorvete sem começar a tremer.

Isso vai para a lista do que fazer no verão, experimentar o sorvete do Bravíssimo, se eu tiver paciência para esperar na fila. Claro!

A dança dos estrangeiros

Eu já tinha ouvido sobre isso de amigos brasileiros que moram fora do país.

Eu já tinha experimentado isso quando passei 1 mês em Santiago no Chile.

Eu já tinha suspeitado de como isso funcionava mas hoje, depois de 3 meses morando em Santiago tudo fica mais claro. Para explicar, eu vou chamar de “A quadrilha dos gringos”.  Veja, refiro-me à dança folclórica que nós brasileiros costumamos dançar em festas juninas. Não confunda com um monte de pessoas praticando atos ilícitos.

Meu amigo Raul, um catarinense que mora na Alemanha desde 2005 resumiu de uma forma incrível:

“As pessoas vão se dividir em nativos e estrangeiros, não importa a nacionalidade dos estrangeiros.

O nativo cuida da sua própria vida e se importa, geralmente, pouco com o estrangeiro. Ele fala contigo mas não vai te levar”.

Pode parecer frio ou rude, pra mim faz muito sentido. Pense bem, o nativo tem a família, os amigos que ele escolheu ao longo da vida. O estrangeiro tem apenas própria vida. O que faz com que ambos tenham necessidades distintas.

Uma das coisas mais difíceis de morar fora do meu país é não ter ninguém. Por outro lado, é exatamente por isso que você passa a viver uma vida um pouco diferente, se conhecer melhor e respeitar mais as diferenças.

Falando sobre isso com 2 amigas da Inglaterra que moram no Chile, uma delas disse: “No Chile eu tenho alguns amigos que de forma alguma seriam meus amigos no meu país”. Você pode pensar novamente “nossa que rude” mas não é.

Ao longo da vida você cultiva as amizades que mais combinam com você, as que gostam das mesmas coisas que você. Quando você mora em um outro país você se permite fazer coisas que normalmente não lhe fazem falta em sua cidade natal como andar no parque, ir para a balada frequentemente, frequentar bares, entre outros.

A grande sacada é que uma vez morando em outra cidade, você passa a observar mais as coisas e pessoas, você estende o limite do que você não pode suportar.

Por exemplo, eu não lembro quando foi a última vez que andei de metrô em São Paulo. Ônibus, nos últimos 3 anos só lembro de ter usado quando precisava levar ou buscar meu carro na concessionária para revisão. Já em Santiago eu uso metro todos os dias e estou muito feliz com isso. Ir ao parque em São Paulo? Só fui no Ibirapuera umas 2 vezes nos últimos 3 anos para andar de bicicleta e me arrependi. Aqui já visitei vários, vou mais à bares e restaurantes, até de balada eu sinto falta. Ontem me peguei sentada em um banco de rua observando as pessoas.

As necessidades mudam. Hoje eu quero  (e preciso) explorar, conhecer pessoas, aprender mais sobre o lugar, me ocupar. Em casa, São Paulo, eu tinha os fins de semana cheio de almoços e jantares na casa de parentes e amigos.  Como em outro país não existe esse “amigos e família”, o estrangeiro vai buscar laços que o permitam interagir, sair, se divertir

No fim, todos estrangeiros procuram a mesma coisa, pessoas que estejam disposta a dividir o tempo com eles. Aí é que a partilha começa.

“Atenção que a dança vai começar, nativos para um lado, estrangeiros para o outro”.

Passagens mais baratas ou mais caras?

Hoje li uma notícia no site da abril de que haverá uma fusão entre a TAM e a LAN Chile.

Será que vamos ser beneficiados com passagens mais em conta? Ou o monopólio ditará o preço?

Hoje pela TAM você consegue uma passagem São Paulo -> Santiago, na classe econômica, ida e volta, algo entre R$700 e R$1000. Na LAN o preço é em dólares e mais caro, entre $400 e $700.

Vamos torcer para que fique um valor mais acessível e que  todos possam nos visitar.

Beijos e abraços!!!

ps: será que a nova empresa vai se chamar TLAM? hehehe!!!